Transtornos alimentares e imagem corporal de mulheres praticantes de atividade física em academias do município de Chapecó-SC
Resumo
Introdução: Mulheres praticantes de atividade física podem ser consideradas um grupo de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares, já que geralmente têm intensa preocupação com a saúde e o bem-estar e são mais críticas em relação ao seu corpo. Objetivos: avaliar a existência de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares em mulheres praticantes de atividade física, assim como identificar o grau de satisfação em relação a sua imagem corporal. Materiais e métodos: estudo do tipo transversal, descritivo e quantitativo, realizado com mulheres praticantes de atividade física em academias com idade entre 18 a 40 anos. Foram coletados dados relacionados a idade, a antropometria, aplicado teste EAT-26 e as escalas de silhuetas. Resultados: foram avaliadas 71 mulheres com idade média de 27 anos, sendo que 24 (33,8%) mulheres foram classificadas com EAT positivo, indicando risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares. Em relação a imagem corporal, 56 (78,8%) mulheres demonstraram insatisfação com seu corpo. Conclusão: é de fundamental importância que sejam realizados novos estudos com o objetivo de confirmar esses resultados, aqui discutidos, que a população que pratica atividade física pode ser um foco de estudo que propicie maiores esclarecimentos sobre os determinantes dos distúrbiosdo comportamento alimentar e ações para minimizar os prejuízos físicos, nutricionais e psicológicos ligados a estes.
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