Avaliação da ingestão de proteína e suplementação em praticantes de musculação em uma academia de Erechim-RS
Resumo
Atualmente,é incentivada a prática de exercícios físicos e a adoção de uma alimentação equilibrada. Entre praticantes de musculação observa-se o uso de suplementos alimentares, por muitas vezes de forma exagerada, desnecessária e sem orientação adequada. Muitos acreditam que sem o uso destes não seria possível atingir seus objetivos. Porém, sabe-se que para a manutenção da saúde e boa aptidão física são suficientes dietas balanceadas e diversificadas. O objetivo desse estudo foi avaliar a ingestão de proteína alimentar e também a suplementação utilizada por praticantes de musculação em uma academia em Erechim-RS. Foram avaliados 60 indivíduos, sendo 37 (61,7%) do sexo masculino e 23 (38,3%) do feminino, com média de idade de 25,5 anos (±4,3). A ingestão de proteína foi avaliada através da média obtida em inquérito alimentar retrospectivo de 3 dias e o uso de suplementos foi questionado e observado. A procura pela musculação foi maior pelos participantes do sexo masculino (61,7%). Destes, 80% objetivavam hipertrofia e 95,2% fazia o uso de suplementos. O objetivo perda de peso foi observado em 73.3% das mulheres. Notou-se que do total da amostra 46,7% (n=28) ingeriam quantidades de proteína acima do recomendado. Além disso, 35% (n=21) ingeriam suplementos alimentares, sendo que somente 28,6% o fazia com orientação devida. Este estudo sugere que praticantes, mesmo demonstrando consciência da relação positiva entre treino e dieta e de que o uso de suplementos é dispensável, na maioria dos casos, ainda procuram estes recursos. Destaca-se a necessidade de acompanhamento com nutricionista.
Referências
-ANVISA. Perguntas Frequentes/Alimentos: Qual a indicação dos alimentos para atletas. 2015. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/perguntas+frequentes/alimentos/b9423100434bbd628188afff30613c2e
-Aragon, A. A.; Schoenfeld, B. J. Nutrient timing revisited: is there a post-exercise anabolic window? Journal of the International Society of Sports Nutrition, 2013.
-Araújo, A. C. M.; Soares, Y. N. G.; Perfil de utilização de repositores protéicos nas academias de Belém, Pará. Revista Nutrição, Campinas. Vol. 12. Ano 1. 1999.
-Bacurau, R.F. Suplementação Esportiva. Nutrição e Suplementação Esportiva, São Paulo, ed.5º, p. 18, 2007.
-Costa, D. C.; da Rocha, N. C. A.; Quintão, D. F. Prevalência do uso de suplementos alimentares entre praticantes de atividade física em academias de duas cidades do vale do aço/MG: fatores associados. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 7. Núm. 41. p. 287-299. 2013. Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/406>
-Cuppari, L. Nutrição clínica no adulto –Guia de medicina ambulatorial e hospitalar (UNIFESP/Escola Paulista de Medicina). Rev Bras Nutr Clin. 2005.
-Davidson, A. “Adquiram o corpo que sempre sonharam” Corpos e medicamentos entre os consumidores de esteroides anabolizantes e suplementos alimentares. Dissertação de Mestrado. Antropologia Social. Universidade de Brasília (UnB). 2011.
-Dietary reference intakes (DRI). Dietary reference intakes for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein and amino acids. Washington: The National Academies Press. 2006. p. 1357.
-Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Vol 9. Núm. 2. São Paulo: Tales de Carvalho. 2003.
-Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. 9ªedição. São Paulo: Tales de Carvalho. 2009.
-Domingues, S. F.; Marins, J. C. B. Utilização de recursos ergogênicos e suplementos alimentares por praticantes de musculação em Belo Horizonte-MG. Revista Fitness e Performance. Vol. 6. Num. 4. 2007. p. 218-226.
-Goston, J. L. Prevalência do uso de suplementos nutricionais entre praticantes de atividade física em academias de Belo Horizonte: Fatores associados. Dissertação Mestrado em Ciência de Alimentos. Faculdade de Farmácia. UFMG. Belo Horizonte. 2008.
-Hernandez, A. J.; Nahas, R. M. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 9. Núm. 2. p.3-12. 2009.
-Hirschbruch, M. D.; Carvalho, J. R. Nutrição esportiva: uma visão prática. 2ª edição. Manole. 2008.
-Hudson, J.; Kim, J. E.; Paddon-Jones, D.; Campbell, W. W. Within-day protein distribution does not influence body composition responses during weight loss in resistance-training adults was. Am J Clin Nutr. 2017.
-Jäger, R; Kerksick, C. M.; Campbell, B. I.; Cribb, P, J.; Wells, S. D.; Skwiat, T. M.; Purpura, M.; Ziegenfuss, T, N.; Ferrando, A. A.; Arent, S. M.; Smith-Ryan, A. E.; Stout, J. R.; Arciero, P. J.; Ormsbee, M. J.; Taylor, L. W.; Wilborn, C. D.; Kalman, D. S.; Kreider, R. B.; Willoughby, D. S.; Hoffman, J. R.; Krzykowski, J. L.; Antonio, J. International Society of Sports Nutrition Position Stand: protein and exercise. Journal of the International Society of Sports Nutrition. 2017.
-Karkle, M. B. Uso de suplemento alimentar por praticantes de musculação e sua visão sobre o profissional nutricionista na área de nutrição esportiva em uma academia no município de Braço do Norte-SC. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. Vol. 9. Num. 53. 2015. p.447-453. Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/570>
-Lopes, F. G.; Mendes, L. L.; Binoti, M. L.; Oliveira, N. P.; Percegoni, N. Conhecimento sobre nutrição e consumo de suplementos em academias de ginástica de Juiz de Fora, Brasil. Revista Brasileira de Medicina no Esporte. Vol. 21. Núm. 6. p. 451-456. 2015.
-Marques, E. B. Uso de Suplementos por alunos que frequentam uma academia de Porto Alegre-RS. TCC de graduação em Educação Física. Porto Alegre. 2015.
-Menon, D.; Santos, J. S. Consumo de proteína por praticantes de musculação que objetivam hipertrofia muscular. Revista Brasileira de Medicina no Esporte. Vol. 18. Num. 1. p. 8-12. 2012.
-Perea, C.; Moura, M. G.; Stulbach, T.; Caparros, D. R. Adequação da dieta quanto ao objetivo do exercício. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 9. Núm. 50. p. 129-136. 2015. Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/516>
-Pereira, R. F.; Lajolo, F. M.; Hirschbruch, M. D. Consumo de suplementos por alunos de academias de ginástica em São Paulo. Revista Nutrição. Campinas. Vol. 16. Ano 3. 2003.
-Petróczi, A.; Naughton, D. P.; Mazanov, J.; Holloway, A.; Bingham, J. Limited agreement exists between rationale and practice in athletes' supplement use for maintenance of health: a retrospective study. Nutrition Journal. 2007.
-Pontes, M. C. F. Uso de suplementos alimentares por praticantes de musculação e academias de João Pessoa-PB. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 7. Núm. 37. p. 19-27. 2013. Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/350>
-Quintiliano, E. L.; Martins, J. C. L. Consumo de suplemento alimentar por homens praticantes de musculação, nas academias centrais do município de Guarapuava-PR. Revista Eletrônica Polidisciplinar Vôos. Vol. 2. 2009. p. 3-13.
-Schoenfeld, B. J.; Aragon, A. A.; Krieger, J. W. The effect of protein timing on muscle strength and hypertrophy: a meta-analysis. Journal of the International Society of Sports Nutrition, 2013.
-Souza, A. L. N.; Schneider, A. C. R. Avaliação do conhecimento sobre suplementação alimentar dos praticantes de academia de Novo Cruzeiro-MG. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 10. Núm. 55. p. 87-92. 2016. Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/613>
-World Health Organization (WHO). Physical status: the use and interpretation of anthropometry: report of a WHO expert committee. WHO Technical Report series. Geneva. Núm. 854. 1995.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).