Alimentação pré-exercício e sintomas de desconforto gastrointestinais durante treinamento de natação
Resumo
O consumo alimentar antes da atividade física pode provocar diversos sintomas gastrointestinais durante a prática da atividade esportiva e influenciar negativamente na saúde e no desempenho do atleta. Este estudo objetivou investigar a relação entre a alimentação pré-exercício e os sintomas de desconforto gastrointestinais/físicos de 29 atletas de natação máster. Foi utilizado o recordatório alimentar de 24 horas. O registro de sintomas gastrointestinais/físicos durante o treinamento foi obtido por questionário após uma sessão de exercício. Foi verificado, por meio de questionário, se os atletas relatavam sintomas durante o treinamento, como: sensação de desmaio, tontura, náuseas, vômito, diarreia, abdômen distendido/inchaço, arrotos e/ou gases intestinais, azia, dor estomacal/intestinal, sensação de fraqueza ou cansaço, sensação de fome. A maioria dos atletas apresentou algum sintoma de desconforto gastrointestinal/físico durante o exercício. Foi observada relação positiva entre o maior consumo de proteínas e a presença de um maior número de sintomas gastrointestinais/físicos. O sintoma mais prevalente foi a sensação de fraqueza/cansaço físico. Conclui-se que em decorrência da alimentação pré-exercício houve a inadequação do consumo de carboidratos, e relação entre o consumo aumentado de proteína com o aparecimento de sintomas de desconforto gastrointestinais/físicos durante o treinamento de natação.
Referências
Azevedo, M.R.; Araújo, C.L.P.; Reichert, F.F.; Siqueira, F.V.; da Silva, M.C.; Hallal, P.C. Gender differences in leisure-time physical activity. International journal of public health. Vol. 52. Num. 1. 2007. p. 8-15.
Burke, L.M.; Hawley, J.A.; Wong, S.H.; Jeukendrup, A.E. Carbohydrates for training and competition. Journal of Sports Sciences. Vol. 29. Num. 1. 2011. p. 17-27.
Cocate, P.G.; Pereira, L.G.; Marins, J.C.; Cecon, P.R.; Bressan, J., Alfenas, R.C. Metabolic responses to high glycemic index and low glycemic index meals: a controlled crossover clinical trial. Nutrition Journal. Vol. 10. Num. 1. 2011. p. 1-10.
Coelho, C.; Sakzenian, V.; Burini, R. Ingestão de carboidratos e desempenho físico. Nutrição em Pauta. Vol. 4. Num. 67. 2004. p. 51-56.
Dutra, C.D.T.; Salla, L.C.N.; Marquês, M.C.M., Libonati, R.M.F.Avaliação do consumo alimentar em pacientes HIV positivos com lipodistrofia. Revista Ciência & Saúde. Vol. 4. Num. 2. 2011. p. 58-65.
Hernandez, A. J.; Nahas, R. M. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Revista Brasileira de Medicina e Esporte. Vol. 15. Num. 3. 2009. p. 3-12.
Jeukendrup, A. A.Step Towards Personalized Sports Nutrition: Carbohydrate Intake During Exercise. Sports Medicine. Vol. 44. Num. 1. 2014. p. 25-33.
Keeffe, E.B.; Lowe, D.K.; Goss, J.R.; Wayne, R.Gastrointestinal symptoms of marathon runners. Western Journal of Medicine. Vol. 141. Num. 4. 1984. p. 481-484.
Lagacione, A.C.; Pereira, G.G.; Tumelero, S.; Guilherme, C. Importância da alimentação e hidratação para jovens atletas. Revisão de literatura. Revista Digital. Vol. 17. Num. 171. 2012. p. 1.
Lira, C.A.B.D.; Vancini, R.L.; Silva, A.C.D.; Nouailhetas, V.L.A. Efeitos do exercício físico sobre o trato gastrintestinal. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 14. Num. 1. 2008. p. 64-67.
McMarry, G. R.; Anderson, J. B. Introdução à Nutrição no Exercício e no Esporte. In: Wolinsky, I.; Hickson, J.; James, F. Nutrição no Exercício e no Esporte. 2ªedição. Roca. p. 2-14. 2002.
Oliveira, E.; Burini, R. Carbohydrate-dependent, exercise-induced gastrointestinal distress. Nutrients. Vol. 6. Num. 10. 2014. p. 191-199.
Oliveira, E.; Burini, R. Food-dependent, exercise-induced gastrointestinal distress. Journal of the International Society of Sports Nutrition. Vol. 8. Num. 1. 2011. p. 2-7.
Oliveira, E.P.; Burini, R.C.; Jeukendrup, A. Gastrointestinal complaints during exercise: Prevalence, etiology, and nutritional recommendations. Sports Medice. Vol. 44. Num. 1. 2014. p. 79-85.
Riddoch, C.; Trinick, T. Gastrointestinal disturbances in marathon runners. British journal of sports medicine. Vol. 22. Num. 2. 1988. p. 71-74.
Slater, G.; Phillips S. Nutrition guidelines for strength sports: sprinting, weightlifting, throwing events, and bodybuilding. Journal of Sports Sciences. Vol. 29. Num. 1. 2011. p. 67-77.
Stellingwerff, T.; Pyne, D.B.; Burke, L.M. Nutrition considerations in special environments for aquatic sports. International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism. Vol. 24. Num. 4. 2014. p. 470-479.
Thomas, D.T.; Erdman, K.A.; Burke, L.M.Position of the Academy of Nutrition and Dietetics, Dietitians of Canada, and the American College of Sports Medicine: Nutrition and Athletic Performance. Journal of The Academy of Nutrition and Dietetics. Vol. 116. Num. 3. 2016. p. 501-528.
Vitolo, M. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro.Rubio.2008.20-Worobetz, L.; Gerrard, D. Gastrointestinal symptoms during exercise in enduro athletes: prevalence and speculations on the aetiology. The New Zealand medical journal. Vol. 98. Num. 784. 1985. p. 644-646.
Copyright (c) 2021 RBNE - Revista Brasileira de Nutrição Esportiva

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).