Barra de "Proteína"? Avaliação da composição nutricional indica prevalência de altas concentrações de Carboidratos e Lipídeos
Resumo
Introdução e Objetivo: As barras de proteínas são alternativas convenientes como suplementos para atletas, porém devem ser adequadas nas quantidades e qualidades de proteína. O objetivo deste estudo foi avaliar a composição de macronutrientes em percentual calórico, a qualidade das proteínas e a adequação normativa. Materiais e Métodos: Do total de 100 rótulos, 98 não possuíram o mínimo de proteína por porção ou o mínimo de 50% da energia proveniente de proteína para serem classificados como "suplementos proteicos para atletas". Sobre o teor energético, 71% das barras possuem maior percentual calórico oriundo de carboidratos (56%) ou lipídios (15%) e em média exibiram 36,2% das calorias derivada de carboidrato; 34,1% de proteína e 29,6% de lipídio. Na qualidade, a média foi de 3,05 tipos de proteína, distribuídas em grupos de alto valor biológico. Discussão e Conclusão: Devido à sua heterogeneidade de composição, esses produtos não deveriam ser chamados de "barra de proteína", e sim de "barra nutricional energética" de maneira que não venham induzir o consumidor ao erro ou vulnerabilidade.
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