Antropometria, alimentação e auto-imagem corporal de mulheres frequentadoras de academia de Caxias do Sul - RS

  • Kamila Petry Ferreira Aluna do Curso de Graduação em Nutrição pela Universidade de Caxias do Sul - UCS
  • Kally Janaina Berleze Nutricionista, mestre em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, docente do curso de Nutrição da Universidade de Caxias do Sul - UCS
  • Carin Weirich Gallon Nutricionista, mestre em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, docente dos cursos de Nutrição e Medicina da Universidade de Caxias do Sul - UCS
Palavras-chave: Exercício físico, Percepção do peso, Obesidade

Resumo

A transição nutricional se caracteriza pela mudança da dieta“tradicional” pela dieta “ocidental”, modificando o perfil “magro” para um aumento significativo da obesidade. No Brasil, isso afetou o comportamento e a visão quanto a forma física das mulheres, incluindo aspectos alimentares, físicos e estéticos. O objetivo do estudo foi verificar a relação entre a auto-imagem corporal e o estado nutricional de mulheres adultas frequentadoras de uma academia de Caxias do Sul -RS. Foram avaliados: o índice de massa corporal (IMC), através do peso e altura; o percentual de massa adiposa, através da pinçagem das dobras cutâneas e cálculo da porcentagem de gordura corporal; a alimentação, através do recordatório de 24h; a percepção da auto-imagem através de um questionário validado sobre imagem corporal e os exercícios físicos praticados, através do questionário com perguntas fechadas. Resultados: Foram encontrados os seguintes resultados: a média de IMC foi de 24,13kg/m²; 57,14% gostariam de ter de uma a duas silhuetas menores que a silhueta atual; 28,57% estavam insatisfeitas com a silhueta atual ou gostariam de uma silhueta maior que a atual (14,29%). Comparando o IMC com os escores de silhuetas, a análise dos dados indicou que IMC's elevados estão relacionados aos escores de silhuetas também elevados (ou vice-versa: IMC com valores baixos estão relacionados a escores baixos para silhuetas). Conclusão: As mulheres desse estudo eram eutróficas e não ingeriam além do VET recomendado, porém, grande parte estava insatisfeita com a forma física atual e se preocupavam em conseguiruma forma mais saudável, através do exercício físico.

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Publicado
2012-05-17
Como Citar
Ferreira, K. P., Berleze, K. J., & Gallon, C. W. (2012). Antropometria, alimentação e auto-imagem corporal de mulheres frequentadoras de academia de Caxias do Sul - RS. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 5(29). Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/295
Seção
Artigos Científicos - Original