Consumo alimentar, perfil antropométrico e imagem corporal de bailarinas clássicas do Vale do São Francisco
Resumo
O balé clássico é uma modalidade de dança que requer dos seus praticantes um bom desempenho físico, além das exigências por um corpo magro e elegante. Deste modo, a alimentação constitui um fator imprescindível, já que pode determinar a composição corporal e aptidão física. Os objetivos do presente trabalho consistiram em avaliar a ingestão alimentar, o perfil antropométrico e a imagem corporal de bailarinas clássicas. No estudo descritivo, foram avaliadas 18 bailarinas, com idades entre 15 e 43 anos. Estas foram submetidas a avaliação cineantropométrica, preenchimento de recordatório alimentar de 24 horas e avaliação da imagem corporal a partir de escalas de silhuetas. A maioria das bailarinas apresentou eutrofia quanto ao IMC (88,9%), e adequação do percentual de gordura corporal (94,4). Quanto à imagem corporal, houve elevada prevalência de insatisfação (77,8%), e a maioria apresentou desejo de emagrecer (71,4%). A verificação do consumo alimentar mostrou baixa ingestão energética por 72,2%da amostra. Por outro lado, foi observado que a ingestão de macronutrientes estava adequada para a maioria delas, assim como o colesterol e a fibra alimentar. Houve baixa ingestão de ferro, cálcio e potássio. Portanto, o grupo estudado apresenta riscos para o desenvolvimento de deficiências nutricionais e distorção da imagem corporal. Intervenções são necessárias para a prevenção de agravos a saúde.
Referências
-Amaral, J. Das danças rituais ao ballet clássico. Revista Ensaio Geral. Belém. Vol. 1. Num. 1. 2009. p. 1-6.
-Amaral, R. K. S.; Pacheco, R. C.; Navarro, F. Perfil nutricional e antropométrico de praticantes de ballet. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 2. Num. 7. 2008. p. 37-45.Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/52/51 >
-Barros, C. L. A.; Hadler, M. C. C. M. Consumo alimentar e perfil antropométrico de bailarinos de uma companhia de dança contemporânea de Goiânia, Goiás. Revista de Ciências Médicas. Campinas. Vol. 20. Num. 5-6. 2011. p. 127-135.
-Dantas, A. G.; Sánchez, C. D. R.; Martín, M. S.; Navarro, M. L. A.; Mas, M. B. Risk of eating disorders among different dance majors at a dance conservatory. Anuario de Psicología Clínica y de la Salud. Sevilla. Vol. 09. 2013. p. 69-71.
-Douglas, C. R. Fisiologia aplicada à nutrição. 2 ed. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan. 2006. p. 1074.
-Dourado, C. P.; Santos, J. L.; Soares, B. M.; Baratto, I.; Santos, E. F.; Bennemann, G. D. Perfil nutricional de adolescentes praticantes de balé clássico do município de Guarapuava/Paraná. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 6. Num. 35. 2012. p. 398-406.Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/341/329 >
-Fuentes, E. R.; Pérez, R. E.; Portinõ, M. C. Danza profesional: una revisión desde la salud laboral.RevistaEspañola deSalud Pública.Madrid. Vol. 83. Num. 4. 2009. p. 519-532.
-Guimarães, A. F.; Galisa, M. S. Cálculos nutricionais: conceitos e aplicações práticas. São Paulo. M. Books. 2008. p. 104.
-Haas, A. N.; Garcia, A. C. D.; Bertoletti, J. Imagem corporal e bailarinas profissionais. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. São Paulo. Vol. 16. Num. 3. 2010. p. 182-185.
-Hidayah, G. N.; Bariah, A. H. Eating attitude, body image, body composition and dieting behaviour among dancers. Asian Journal of Clinical Nutrition. Vol. 3. Num. 3. 2011. p. 92-102.
-Jackson, A. S.; Pollock, M. L.; Ward, A. Generalized equations for predicting body densityof women. Medicine and Science in Sports and Exercise. Indianapolis. Vol. 12. Num. 3. 1980. p. 175-182.
-Jesus, N. M. A Alimentação dos bailarinos: avaliação nutricional de profissionais de companhias de dança portuguesas. Dissertação de Mestrado. UTL/FMH. Lisboa. 2011.
-Lancha Júnior, A. H. Nutrição aplicada à atividade motora. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. São Paulo. Vol. 25. 2011. p. 45-51.
-Kakeshita, I. S.; Silva, A. I. P.; Zanatta, D. P.; Almeida, S. S. Construção e fidedignidade teste-reteste de escalas de silhuetas brasileiras para adultos e crianças. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília. Vol. 25. Num. 2. 2009. p. 263-270.
-Marfell-Jones, M.; Olds, T.; Stewart, A.; Carter, L. International standards for anthropometric assessment. 2 ed. Potchefstroom. International Society for the Advancement of Kinanthropometry. 2006. p. 137.
-McArdle, W.D.; Katch, F.I.; Katch, V.L. Nutrição para o esporte e o exercício. 3.ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2011. p. 600.
-Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Brasília. Ministério da Saúde. 2005. p. 236.
-Morelli, N. R.; Santos, G. M. G. C. Avaliação do estado nutricional e do comportamento alimentar de bailarinas de uma escola particular do centro de Londrina –PR. Terra e Cultura. Londrina. Vol. 27. Num. 53. 2011. p. 35-49.
-Nogueira, S. G.; Macedo, V. S.; Guedes, P. M. Avaliação da imagem corporal e de comportamentos alimentares como possíveis desencadeadores de transtornos alimentares em bailarinas pré-adolescentes. Nutrir Gerais. Ipatinga. Vol. 4, Num. 6. 2010 p. 538-553.
-Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação (NEPA). Tabela brasileira de composição de alimentos. 4 ed. Campinas: UNICAMP, 2011.
-Prati, S. R. A.; Prati, A. C. Níveis de aptidão física e análise de tendências posturais em Bailarinas clássicas. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. Florianópolis. Vol. 8. Num. 1. 2006. p. 80-87.
-Pereira, I. O.; Lima, A. P.; Cardoso, F.; Oliveira, G. L.; Filho, J. F. Perini, T. A. Distorção da imagem corporal e tríade da mulher atleta em bailarinas clássicas. Lecturas Educación Física y Deportes. Buenos Aires. Vol. 15. Num. 149. 2010. e194.
-Ravaldi, C.; Vannacci, A.; Bolognesi, E.; Mancini, S.; Faravelli, C.; Ricca, V. Gender role, eating disorder symptoms, and body image Concern in ballet dancers. Journal of Psychosomatic Research. Vol. 61. Num. 4. 2006. p. 529-535.
-Reis, N. M.; Machado, Z.; Pelegrini, A.; Boing, L.; Monte, F. C. S. G.; Simas, J. P. N.; Guimarães, A. C. A. Imagem corporal, estado nutricional e sintomas de transtornos alimentares em bailarinos. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde. Pelotas. Vol. 18. Num. 6. 2013. p. 771-781.
-Madrigal Rojas, M.; Gonzalez Urrutia, A. R. Estado nutricional de bailarinas de ballet clásico, área metropolitana de Costa Rica. Revista Costarricense de Salud Pública. San José. Vol. 17. Num. 33. 2008. p. 1-7.
-Siri, W. Gross composition of the body. IN Lawrence, J. Advances in biological and medical physics. New York. Academic Press. 1956.
-Tirapegui, J.; Ribeiro, S. M. L. R. Avaliação nutricional: teoria e prática. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2009. p. 326.
-Thomas, J. J.; Keel, P. K.; Heatherton, T. F. Disordered eating and injuries among adolescent ballet dancers. Eating and Weight Disorders. Vol. 16. Num. 3. 2011. p. e216-e222.
-Thompson, M. A.; Gray, J. J. Development and validation of a new body-image assessment Scale. Journal of Personality Assessment. Vol. 64. Num. 2. 1995. p. 258-269.
-Vargas, J. G.; Bernardi, J. R.; Gallon, C. W. Perfil nutricional e autopercepção corporal de bailarinas adolescentes. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 5. Num. 29. 2011. p. 425-433. Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/294/294 >
-Vitolo, M. R. Nutrição da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro. Rubio. 2008. p. 632.
-World Heath Organization (WHO). Obesity preventing and managing the global epidemic: report of a WHO consultation of obesity. Geneva. WHO. 1998. p. 275.
-World Health Organization (WHO). Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases: report of a joint WHO/FAO expert consultation. Geneva. WHO. 2003. p. 149.
-World Health Organization (WHO). Child Growth Standard. Geneva. WHO. 2007. p. 217.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).