Perfil nutricional dos praticantes de atividades fí­sicas de um módulo do serviço de orientação ao exercí­cio (SOE) do municí­pio de Vitória-ES

  • Tayenne Dias Pereira Universidade Federal do Espí­rito Santo (UFES), Vitória-ES, Brasil
  • Fabiano Kenji Haraguchi Universidade Federal do Espí­rito Santo (UFES), Vitória-ES, Brasil
Palavras-chave: Estado nutricional, Atividade física, Educação alimentar e nutricional

Resumo

A prática de atividade física deve estar associada a uma alimentação saudável para que se alcance saúde e qualidade de vida. O objetivo do presente estudofoi realizar um programa de ações comunitárias de avaliação nutricional em praticantes de atividade física que frequentam um módulo do Serviço de Orientaçãoao Exercício (SOE) da Prefeitura Municipal de Vitória-ES. Trata-se de um estudo descritivo, com amostra de 68 indivíduos de ambos os gêneros, com idades entre 21 a 81 anos. A avaliação nutricional foi realizada a partir de medidas antropométricas de peso,altura, Índice de Massa Corporal (IMC), circunferência da cintura (CC) e porcentagem de gordura corporal. Asanálises de associação foram realizadas através do teste do qui-quadrado utilizando o programa SPSS for Windows, versão 21, sendo o nível de significância estabelecido em α 0,05. Foi observado um predomínio de indivíduos do sexo feminino.Através da avaliação do IMC e % de gordura corporal, observou-se a presença de excesso de peso ou obesidade na maioria dos indivíduos avaliados, embora a obesidadeabdominal tenha sido observada apenas nas mulheres (CC>80cm). Não foi observada uma associação significativa (p<0,05) entre a frequência de atividade física e as variáveis antropométricas.Conclui-se que há predominância de indivíduos do sexo feminino queapresentam excesso de peso e/ou obesidade. Considerando-se que não foi encontrada uma associação significativa entre a frequência de atividade física e as variáveis antropométricas avaliadas, ressalta-se a importância de uma alimentação saudável para se obter saúde e otimizar os efeitos do exercício.

Referências

-Bowler, D.E.; Buyung-Ali, L.M.; Knight, T.M.; Pullin, A.S. A systematic review of evidence for the added benefits to health of exposure to natural environments. Public Health. Vol. 10. 2010. p. 456.

-Callaway, C.W.; Chumlea, W.C.; Bouchard, C. Anthropometric Standardization Reference Manual. IN Lohman, T.G.; Roche, A.F.; Martorell, R. Circumferences. Human Kinetics Books. 1988. p. 39-54.

-Cervato, A.M.; Derntl, A.M.; Latorre, M.R.D.O.; Marucci, M.F.N. Educação nutricional para adultos eidosos: uma experiência positiva em Universidade Aberta para a Terceira Idade. Revista Nutrição. Campinas. Vol. 18. Num. 1. 2005. p. 41-52.

-Coon, J.T.; Boddy, K.; Stein, K.; Whear, R.; Barton, J.; Depledge, J.M.H. Does Participating in Physical Activity in Outdoor Natural Environments Have a Greater Effect on Physical and Mental Wellbeing than Physical Activity Indoors? A Systematic Review. Environmental Science & Technology. Vol. 45. 2011. p. 1761-1772.

-Costa, P.R.F.; Assis, A.M.O.; Silva, M.C.M.; Santana, M.L.P.; Dias, J.C.; Pinheiro, S.M.C.; Santos, N.S.S. Mudança nos parâmetros antropométricos: a influência de um programa de intervenção nutricional e exercício físico em mulheres adultas. Cadernos de Saúde Pública. V. 25. Num. 8. 2009. p. 1763-1773.

-Emmons, K.M.; Linnan, L.A.; Shadel, W.G.; Marcus, B.; Abrams, D.B. The Working Healthy Project: a worksite health-promotion trial targeting physical activity, diet, and smoking. Journal of Occupational and Environmental Medicine. Vol. 41. Num. 7. 1999. p. 545-555.

-Frade, R.E.T. Análise da influência de um programa nutricional e de condicionamento físico em variáveis antropométricas em uma academia de São Paulo. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 8. Num. 45. 2014. p. 156-163. Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/449/415>

-Ferreira, L.; Horonato, D.; Stulback, T.; Narciso, P. Avaliação do IMC como indicativo de gordura corporal e comparação de indicadores antropométricos para determinação de risco cardiovascular em frequentadores de academia. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 7. Num. 42. 2013. p. 324-332. Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/412/391>

-Gladwell, V.F.; Brown, D.K.; Wood, C.; Sandercock, G.R.; Barton, J.B. The great outdoors: how a green exercise environment can benefit all. Extreme Physiology & Medicine. Vol. 2. 2013. p. 3.

-Hagan, R.D.; Upton, S.J.; Wong, L.; Whittam, J. The effects of aerobic conditioning and/or calorie restriction in overweight men and women. Medicine & Science in Sports & Exercise. Vol. 18. 1986. p. 87-94.

-Halpern, A.; Segal, A.; Spósito, A.C.; Ribeiro, A.B.; Garrido, A.; Mady, C.; Fernandes, F.; Filho, G.L.; Ramires, J.A.F.; Zanela, M.T.; Grinberg, M.; Mancini, M. Santos, R.D. Diretrizes para Cardiologistas sobre Excesso de Peso e Doença Cardiovascular dos Departamentos de Aterosclerose, Cardiologia Clínica e FUNCOR da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. São Paulo. Vol. 78. Suppl. 1. 2002. p. 01-13.

-Jeoung, B.J.; Hong, M.-S.; Lee, Y.C. The relationship between mental health and health-related physical fitness of university students. Journal of Exercise Rehabilitation. Vol. 9. Num. 6. 2013. p. 544-548.

-Júnior, L.L.; Lodi, D.; Weyh, G.; Livi, A.C.; Kleinschmidt, F.; Bersch, L. J. Caminhada do Município de Marechal Cândido Rondon. Caderno de educação física e esporte. Vol. 5. Num. 9. 2003.

-Kamimura, M.A.; Baxmann, A.; Sampaio, L.R.; Cuppari, L. Avaliação nutricional. In: Cuppari L. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar. Barueri: Manole. 2005. p. 89-128.

-Leal, A.S.; Brunelli, A.V. Perfil Nutricional dos praticantes do projeto intervalo ativo. In Seminário interinstitucional de ensino, pesquisa e extensão; XV amostra de iniciação científica, 15; amostra de extensão, 5. 2012. Rio Grande do Sul. Anais... Rio Grande do Sul: Universidade de Cruz Alta, 2012.

-Lee, I.M.; Paffenbarger, R.S.JR; Hennekens, C.H. Physical activity, physical fitness and longevity. Aging (Milano). Vol. 9. Num. 1-2. 1997. p. 2-11.

-Lohman TG. The use of skinfolds to estimate body fatness on children and youth. Journal of Physical Education Recreation Dance. Vol. 58. 1987. p. 98-103.

-Maciel, E.S.; Vilarta, R.; Modeneze, D.M.; Sonati, J.G.; Vasconcelos, J.S.; Vilela, G.B.; Oetterer, M. The relationship between physical aspects of quality of life and extreme levels of regular physical activity in adults. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro. Vol. 29. Num. 11. 2013. p. 2251-2260.

-Mallamann, J.A.; Berleze, K.J. Perfil dietético e antropométrico de adultos praticantes de exercícios físicos em academias do município de Lajeado-RS que não estão em reeducação alimentar. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 4. Num. 21. 2010. p. 231-241. Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/184/180>

-Mitchel, R. Is physical activeity in natural environments better for mental health than physical activity in other environments? Social Science & Medicine. 2012. p. 1-5.

-Nindl, B.C.; Friedl, K.E.; Frykman, P.N.; Marchitelli, L. J.; Shippee, R.L.; Patton, J.F. Physical performance and metabolic recovery among lean, healthy men following a prolonged energy deficit. International Journal of Sports Medicine. Vol. 18. Num. 5. 1997. p. 317-24.

-Oliveira, E.R.M.; Torres, Z.M.C.; Vieira, R.C.S. Importância dada aos nutricionistas na prática do exercício físico pelos praticantes de musculação em academias de Maceió-AL. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 2. Num. 11. 2008. p. 381-389. Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/80/78>

-Paffenbarger, R.S.JR, Lee, I.e M. Physical activity and fitness for health and longevity. Research Quarterly for Exercise & Sport. Vol. 67. Num. 3. 1996. p. 11-28.

-Rossi, L.; Tirapegui, J. Aminoácidos de cadeia ramificada e atividade física. IN Nutrição, Metabolismo e suplementação na atividade física. 2ªedição. São Paulo. Atheneu. 2012. p.169-184.

-Silva, M.C.; Silva, A.B.; Amorim, T.E.C. Condições de espaços públicos destinados a prática de atividades Físicas na cidade de Pelotas/RS/Brasil. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. Pelotas-RS. Vol. 17. Num. 1. 2012. p. 28-32.

-Teixeira, P.D.S.; Reis, B.Z.; Vieira, D.A.S.; Costa, D.; Costa, J.O.; Raposo, O.F.F.; Wartha, E.R.S.A.; Netto, R.S.M. Intervenção nutricional educativa como ferramenta eficaz para mudança de hábitos alimentares e peso corporal entre praticantes de atividade física. Ciência e Saúde Coletiva. Vol. 18. Num. 2. 2013. p. 347-356.

-Waitzberg, D.L.; Ferrini, M.T. Exame físico e antropometria. IN Waitzberg, D.L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. São Paulo. Atheneu. 2002. p. 255-94.

-Wing, R.R.; Venditti, E.M.; Jakicic, J.M.; Polley, B.A.; Lang, W. Lifestyle intervention in overweight individuals with a family history of diabetes. Diabetes Care. Vol. 21. 1998. p. 350-9.

-World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic: Report of a WHO Consultation. Geneva: World Health Organization (WHO). 2000.

Publicado
2015-09-01
Como Citar
Pereira, T. D., & Haraguchi, F. K. (2015). Perfil nutricional dos praticantes de atividades fí­sicas de um módulo do serviço de orientação ao exercí­cio (SOE) do municí­pio de Vitória-ES. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 9(52), 318-324. Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/546
Seção
Artigos Científicos - Original