Atualização sobre estimativas do gasto calórico de atletas: uso da disponibilidade energética
Resumo
Introdução e objetivos: Atletas apresentam elevado gasto calórico diário, necessitando de maior ingestão de alimentos e, por vezes, de suplementos energéticos. As necessidades de energia de atletas são diretamente proporcionais ao tipo, frequência, intensidade e duração dos treinamentos. A dificuldade de cálculo do gasto energético durante as atividades físicas reside na solicitação energética ser mista, importando saber identificar em que condição é possível medir ou estimar o custo energético. Materiais e métodos: Foi realizado levantamento da literatura atual sobre as recomendações de energia para atletas, realizando uma comparação das recomendações brasileiras vigentes com a nova proposta norte-americana da Dietitians of Canada, da Academy of Nutrition and Dietetics e a American College of Sports Medicine. Resultados e discussão: Existem diversas equações para o cálculo de estimativa de energia, sendo as de Harris-Benedict e Dietary Reference Intake (DRI) mais utilizadas. Além disso, existem recomendações para aporte energético de atletas propostas pela Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva. Recentemente, uma nova proposta consta das diretrizes norte-americanas, que utiliza como base a disponibilidade energética (DE), que é definida como a energia restante após o exercício para processos fisiológicos básicos. Para a DE, diferentemente das propostas anteriores, considera-se a massa livre de gordura (MLG) ou massa magra (MM), ao invés do peso corporal total, para quantificação de energia necessária para promover o equilíbrio de energia e saúde ótima de atletas. Conclusão: Esse novo conceito é útil para aprimorar e melhorar o desempenho de atletas ofertando calorias suficientes para a manutenção da massa muscular
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