Comparação do nível de hidratação e desempenho através da reidratação com bebida esportiva e água durante aula de Kangoo Jump
Resumo
Kangoo Jump é uma modalidade de ginástica de volume moderado que pode provocar a perda de líquidos e a necessidade de reposição dos mesmos. O objetivo deste estudo foi comparar parâmetros de hidratação e desempenho após reidratação com bebida esportiva ou água durante uma aula de Kangoo Jump. Materiais e Métodos: participaram 12 voluntárias do sexo feminino, praticantes experientes de Kangoo. Foram realizadas quatro sessões ao longo do estudo. Na 1ª visita foi realizada a avaliação da composição corporal e aplicada a anamnese. Na 2ª visita, foi realizada uma aula de Kangoo sem hidratação e, nas 3ª e 4ª visitas foram desenvolvidas as aulas experimentais (com a reposição de bebida esportiva ou água. Foram avaliados parâmetros de hidratação (Taxa de sudorese, % hidratação, volume de suor, coloração e gravidade específica da urina, sensação subjetiva de sede e de calor) e parâmetros de desempenho (FC, Borg, Temperatura auricular). Foi utilizado o pacote estatístico SPSS 23.0 e um nível de significância de p< 0,05. Resultados: o nível de desidratação foi menor nas sessões com reidratação (p=0,003), mas não houve diferença entre os tipos de bebidas (p=0,241). A frequência cardíaca foi maior na sessão de desidratação comparada com as sessões de reidratação (p=0,030), mas sem diferença entre os tipos de bebidas (p=0,435). A temperatura auricular não foi diferente entre as sessões (p=0,859), a também não alterou durante as aulas (p=0,201). Conclusão: Uma aula de Kangoo Jump provoca desidratação sendo necessárias estratégias de reidratação, entretanto tanto água quanto bebidas esportivas são suficientes para reidratação adequada.
Referências
-American College of Sports Medicine, Sawka, M.N.; Burke, L.M.; e colaboradores. American College of Sports Medicine position stand. Exercise and fluid replacement. Med Sci Sports Exerc. Vol. 39. p. 377-390. 2007.
-Andrade, R.; Laitano, O.; Meyer, F. Efeitos da hidratação com carboidratos na resposta glicêmica em diabéticos tipo I durante o exercício. Rev Bras Med Esporte. Vol. 11. Núm.1. p. 61-65. 2005.
-Arens, E.; Zhang, H.; Huizenga, C. Partial-and whole-body thermal sensation and comfort-Part I: uniform environmental conditions Journal of Thermal Biology. Vol. 31. Núm. 1. p. 53-59. 2006.
-Armstrong, L.E.; Maresh, C.M.; Castellani, J.W.; Bergeron, M.F.; Kenefick, R.W.; Lagasse, K.E. Urinary indices of hydration status. Int J Sports Nutr. Vol. 4. Núm. 3. p. 265-279. 1994.
-Borg, G. Perceived exertion as an indicator of somatic stress. Scand J Rehabil Med. Vol. 2. Núm. 2. p. 92-98. 1970.
-Burke, L.M. Fluid balance during team sports. J Sports Sci. Vol. 15. Núm. 3. p. 112-117. 1997.
-Camargo, M.G.; Furlan, M.D.P. Reposta fisiológica do corpo às temperaturas elevadas: exercício, extremos de temperatura. Revista Saúde e Pesquisa. Vol.4. Núm. 2. p. 278-288. 2011.
-Castro, D.D.C. Avaliação da perda hídrica de praticantes de atividade física de duas modalidades diferentes de uma academia de São Paulo. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. Vol. 6. Núm. 33. p. 223-227. 2012.
-Cheuveront, S.N.; Mountain, S.J.; Goodman, D.A. Evaluation of the limits to accurate sweat loss prediction during prolonged exercise. Eur J Appl Physiol. Vol. 101. p. 215-224. 2007.
-Conselho Científico do Instituto de Hidratação e Saúde. Regulação Físico da Sede Impacto do açúcar e osmolaridade. Instituto Educação e Saúde. p. 1-7. 2010.
-Furtado, E.; Simão, R.; Lemos, A. Análise do consumo de oxigênio, frequência cardíaca e dispêndio energético, durante as aulas de Jump Fit. Rev Bras Med Esporte. Vol. 10. Núm. 5. p.371-375.2004.
-Gomes, L.P.S.; Barrosos, S.S.; Gonzaga, W.S. Estado de hidratação em ciclistas após três formas distintas de reposição hídrica. R Bras Ci e Mov. Vol. 22. Núm. 3. p. 89-97. 2004.
-Gonzalez-Alonso, J.; Mora-Rodriguez, R.; Coyle, E.F. Stroke volume during exercise: interaction of environment and hydration. Am J Physiol Heart Circ Physiol. Vol. 278. p. H321-H330. 2000.
-Gremion, G.; e colaboradores. Attenuation of impact shock during jogging: comparison between running shoes and Kangoo Jumps. Lausanne. Kangoo Jumps World Head Office. 2000.
-Jackson, A.S.; Pollock, M.L.; Ward, A. Generalized equations for predicting body density of women. Med Sci Sports Exerc. Vol. 12. p. 175-182. 1980.
-Kalpana, K.; e colaboradores. The Effects of Ingestion of Sugarcane Juice and Commercial Sports Drinks on Cycling Performance of Atlhetes in Comparison to Plain Water. Asian Journal of Sports Medicine. Vol. 4. Núm. 3. p. 181-189. 2013.
-Meyer, F.; Bar-Or, O.; Salberg, A.; Passe, D. Hypohydration during exercise in children: effect on thirst, drink preferences, and rehydration. International Journal of Sports Nutrition. Vol. 4. p.22-35.1994.
-Moreira, C.A.M.; Gomes, A.C.V.; Garcia, E.S.; Rodrigues, L.O.C. Hidratação durante o exercício: sede é suficiente?. Rev Bras Med Esporte. Vol. 12. Núm. 6. p.405-409.2006.
-Nybo, L.; Rasmussen, P.; Sawka, M.N. Performance in the heat -physiological factors of importance for hyperthermia-induced fatigue. Compr Physiol. Vol. 4. p. 657-689. 2014.
-Oliveira, K.K.; Júnior, H.G.; Carmo, J.P. Comportamento glicêmico antes e após aula de jumpcom hidratação de água e água mais açúcar e sal. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. Vol. 2. Núm.10. p. 415-419. 2008. Disponível em: <http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/102/106>
-Racinais, S.; Alonso, J.M.; Coutts, A.J. Consensus Recommendations on Training and Competing in the Heat. Sports Med. Vol. 45. Núm. 7. p. 925-938. 2015.
-Rufino, V. S. Características de freqüentadores de academias de ginástica do Rio Grande do Sul. Kinesis. Vol. 22. p. 316-321. 2013.
-Santos, J.C.L.D.; Costa, P.D.D.; Rossato, M. Alterações na cinemática do membro inferior durante exercícios de ginástica com botas Kangoo Jumps®. Uruguaiana-RS.V Simpósio de Neuromecânica Aplicada. p. 131-141. 2014.
-Sawka, M.N.; Leon, L.R.; Montain, S.J. Integrated physiological mechanisms of exercise performance, adaptation and maladaptation to heat stress. Compr Physiol. Vol. 1. p. 1883-1928. 2011.
-Siri, W.E. Body composition from fluid spaces and density: analyses of methods. In Brozek, J. H. (eds.). Techniques for measuring body composition. Washington. National Academy of Science. 1961.
-Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Rev Bras Med Esporte. Vol. 15. Núm. 93. supl 2-12. 2009.
-Stöhr, E.J.; González-Alonso, J.; Peason, J. Dehydration reduces left ventricular filling at rest and during exercise independent of twist mechanics. J Appl Physiol. Vol. 111. p. 891-897. 2011.
-Teixeira, F.M.; Liberali, R.; Navarro, F. Alterações do peso corporal (grau de desidratação) antes e após uma aula de power jump em mulheres jovens. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. Vol. 4. Núm. 19. p. 69-77. 2010. Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/166/164>
-Von Duvillard, S.P.; Braun, W.A.; Markofski, M. Fluids and hydration in prolonged endurance performance. Nutrition. Vol. 20. p. 651-656. 2004.
-Wendt, D.; Van Loon, L. J.; Lichtenbelt, W.D. Thermoregulation duringexercisein the heat: strategies for maintaining health and performance.Sports Med. Vol. 37. Núm. 8. p. 669-682. 2007.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).