Práticas alimentares de um fisiculturista gaúcho

  • Carolina Souza Lopes dos Santos Programa de Pós Graduação em Bases Nutricionais da Atividade Fí­sica: Nutrição Esportiva da Universidade Gama Filho - UGF. Nutricionista formada pela Pontifí­cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC-RS
  • Alessandra Samberg Molina Richter Programa de Pós Graduação em Bases Nutricionais da Atividade Fí­sica: Nutrição Esportiva da Universidade Gama Filho - UGF. Nutricionista formada pala Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
  • Adriana Karine Ribeiro Programa de Pós Graduação em Bases Nutricionais da Atividade Fí­sica: Nutrição Esportiva da Universidade Gama Filho - UGF
  • Francisco Navarro Programa de Pós Graduação em Bases Nutricionais da Atividade Fí­sica: Nutrição Esportiva da Universidade Gama Filho - UGF
Palavras-chave: Culturismo, Prática alimentar, Suplementação, Performance

Resumo

Objetivo: Analisar as práticas alimentares de um fisiculturista gaúcho. Materiais e métodos: Estudo exploratório do tipo estudo de caso, com característica descritivo – analítica, aplicado em um atleta fisiculturista. Resultados e discussão: A dieta do atleta baseou-se em dois períodos de preparação (não-competitivo e pré-competitivo). Após analisar os resultados, o valor energético total da dieta no período não-competitivo foi de 7.405 quilocalorias diárias, com 50,23% de carboidratos, 31,11% de proteínas e 18,66% de lipídios; 38,15 microgramas de selênio, 113,32 microgramas de cromo, 12,99 miligramas de vitamina B3 e 8,67 microgramas de vitamina D. No período pré-competitivo os valores foram 4.954 quilocalorias diárias, sendo 48,42% de carboidratos; 30,61% de proteínas e 20,97% de lipídios; 16,6 microgramas de Selênio, 147,38 microgramas de Cromo, 52,43 miligramas de vitamina B3 e 1,92 microgramas de vitamina D. Com isso, apenas as proteínas encontraram-se acima das recomendações nos dois períodos. O selênio, o cromo e a vitamina B3 ficaram abaixo do recomendado no período não-competitivo, assim como o selênio, o cromo e a vitamina D no período pré-competitivo. A ingestão hídrica do atleta variou de 3,1 a 3,8 litros por dia. Conclusão: A alimentação dos fisiculturistas é desequilibrada segundo o padrão científico, porém apresenta os resultados esperados para este esporte, embora não existam recomendações específicas.

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Publicado
2012-01-10
Como Citar
Santos, C. S. L. dos, Richter, A. S. M., Ribeiro, A. K., & Navarro, F. (2012). Práticas alimentares de um fisiculturista gaúcho. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 3(14). Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/108
Seção
Artigos Científicos - Original