Perfil do padrão da ingestão de lí­quidos e verificação da adequação do ní­vel de hidratação em praticantes da aula de spinning em duas academias do Rio de Janeiro

  • Andreia Artur Esteves Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Nutrição Esportiva da Universidade Gama Filho - UGF
  • Wilma Carvalho Nunes Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Nutrição Esportiva da Universidade Gama Filho - UGF
Palavras-chave: Spinning, Hidratação, Líquidos, Academia, Nutrição

Resumo

Considerando as aulas de Spinning uma atividade aeróbia com estímulos que variam de moderada a alta intensidade com duração de 50 minutos e algumas vezes realizadas em salas sem adequado sistema de ventilação, através deste estudo procurou-se avaliar o padrão de ingestão de líquidos, o perfil do nível de hidratação em praticantes da aula de Spinning através da mensuração do peso corpóreo, além da verificação do grau de conhecimento dos mesmos sobre o assunto. Foram avaliados um total de 17 praticantes da aula de Spinning, em duas academias do Rio de Janeiro, a Academia M (n=8) com sistema de refrigeração e Academia D (n=9) que não o possui. Através do questionário aplicado notou-se que em ambas as academias as pessoas se hidratam antes e durante as aulas e conhecem os motivos da importância da hidratação para se repor líquidos e eletrólitos e para melhorar o desempenho. Nas pessoas analisadas na academia D nota-se que houve uma maior perda ponderal, possivelmente em função da ausência de um sistema de ventilação adequado que facilitasse a evaporação do suor. Foi observado que um praticante apresentou uma perda de 1,45% de peso corpóreo, o que pode resultar na queda de desempenho. Nos praticantes das duas academias analisadas ocorreram aumento de peso corpóreo, possivelmente devido ao fato da boa hidratação das pessoas antes e durante a aula. Sugere-se que num próximo estudo sejam verificadas: a temperatura ambiente, a umidade, a mensuração da água ingerida antes e durante a atividade.

Referências

Carvalho, T.; Rodrigues, T.; Meyer, F.; Lancha Junior, A.H.; Rose, E.H. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Revista Brasileira de Medicina Esportiva, vol. 9, n. 2- mar/abr, 2003.

Gatorade Sports Science Institute. Recomendações para minimizar o risco de problemas relacionados ao calor durante a atividade física. 1999.

Marquezi, M.L.; Lancha Júnior, A.H. Estratégias de Reposição Hídrica: Revisão e Recomendações Aplicadas. Revista Paulista de Educação Física de São Paulo, 12(2): 219-227, jul/dez,1998.

Montain, S.J.; Coyle, E.F. Fluid ingestion during exercise increases skin blood flow independent of increases in blood volume. J. Appl. Physiol., 793:903, 1992.

Opplinger, R.A.; Bartok, C. Hydration Testing of Athletes. Sports Medicine, 2002, 32 (15): 959-971.

Posição do American College of Sports Medicine: Exercício e Reposição de Líquido. In: Williams M H, eds. Nutrição para saúde, condicionamento físico e desempenho esportivo. São Paulo: Manole, 2002: 471-475.

Rolls, B.J.; e colaboradores. Thirst following water deprivation in humans. Am. J. Physiol., 239 (regulatory Integrative Comp. Physiol. 8: 476. 1980.

Publicado
2012-01-05
Como Citar
Esteves, A. A., & Nunes, W. C. (2012). Perfil do padrão da ingestão de lí­quidos e verificação da adequação do ní­vel de hidratação em praticantes da aula de spinning em duas academias do Rio de Janeiro. RBNE - Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, 1(2). Recuperado de https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/19
Seção
Artigos Científicos - Original