Avaliação do estado de hidratação de corredores amadores da cidade de São Paulo-SP, Brasil
Resumo
Praticantes de atividade física ao ar livre sofrem influência direta do ambiente sobre seu estado de hidratação, as perdas durante os exercícios, se não repostas, podem levar a um estado de desidratação, diminuindo o rendimento na prática de exercícios. O objetivo foi avaliar o estado de hidratação de corredores amadores da cidade de São Paulo, em condições de treino intenso. O estudo foi realizado com uma amostra de 18 corredores amadores da cidade de São Paulo, de ambos os sexos e idade entre 31 a 54 anos, praticantes de treinos intensos de 90 minutos de duração. Foram coletados dados de peso, antes e após o treino, dobras cutâneas e altura referida. Foi utilizado escala de esforço após o exercício e um questionário sobre de hidratação. Estes dados foram usados para cálculo de IMC, Porcentagem de gordura corporal (%GC), Percentual de Perda de Peso (%PP) e Taxa de Sudorese (TXS), associados aos resultados de escala de esforço e ao questionário. Os resultados demonstraram que o IMC (20,04 ± 5,44kg/m2) e %GC (20,04 ± 5,44%) de eutrófia, %PP de 1,5% e TXS 8,7 ± 3,46% demonstrando bom estado de hidratação ao final do treino, classificando o treino como cansativo de acordo com escala de esforço. Houve maior preocupa com a hidratação durante e após o treino, a hidratação foi realizada com água, justificando sintomas de desidratação. Mesmo com bom estado de hidratação, o esforço realizado demonstra a necessita de uma solução capaz de repor as perdas durante o treino, evitando queda de rendimento e desidratação.
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